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Segurança Contra Incêndio: O Guia Definitivo sobre Qualidade e Testes em Placas de Sinalização.

  • Foto do escritor: Franklin Jorge
    Franklin Jorge
  • há 49 minutos
  • 3 min de leitura

Quando o assunto é segurança contra incêndio e pânico, não existe margem para "achismos". A sinalização de emergência não é apenas uma placa na parede; é um equipamento de segurança que pode definir a diferença entre a evacuação segura ou uma tragédia. Por este motivo, dedicamos um espaço para falar do tema - Segurança Contra Incêndio: O Guia Definitivo sobre Qualidade e Testes em Placas de Sinalização.


O Guia Definitivo sobre Qualidade e Testes em Placas de Sinalização.
O Guia Definitivo sobre Qualidade e Testes em Placas de Sinalização.


No Brasil, a "bíblia" que rege a qualidade e a performance desses materiais é a ABNT NBR 13434. Muitos gestores e engenheiros conhecem a norma, mas poucos dominam os requisitos técnicos e testes laboratoriais exigidos para que uma placa seja considerada conforme.

Neste artigo, vamos aprofundar a norma técnica, detalhando os testes de resistência, fotoluminescência e combustibilidade que garantem a aprovação do Corpo de Bombeiros e a segurança do seu patrimônio.


O que é a NBR 13434?


A NBR 13434 é a norma da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) que padroniza a sinalização de segurança contra incêndio e pânico. Ela é dividida em partes que cobrem desde o design (símbolos e cores) até o desempenho dos materiais.

O foco da nossa análise hoje está na Parte 3, que trata dos requisitos e métodos de ensaio. É aqui que separamos o material profissional daquele que não oferece segurança real.


Os Testes Obrigatórios: Como saber se a placa é segura?


Para que uma sinalização receba a certificação e seja aceita em vistorias para emissão do AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros), ela deve passar por rigorosos testes de laboratório. Abaixo, detalho os principais:


1. Ensaio de Fotoluminescência (O Teste de Brilho)


Este é, talvez, o teste mais crítico. Em caso de corte de energia durante um incêndio, a placa precisa brilhar no escuro para guiar a rota de fuga. A norma exige níveis mínimos de luminância:

  • 10 minutos após o apagão: A placa deve apresentar uma intensidade luminosa específica (geralmente acima de 140 mcd/m² para sinalização de nível superior).

  • 60 minutos após o apagão: A placa ainda deve estar visível, garantindo tempo hábil para resgate.

  • Tempo de atenuação: O material deve ter autonomia suficiente (muitas vezes superior a 1800 minutos até a extinção total do brilho).

Nota de Especialista: Cuidado com materiais baratos que brilham muito forte nos primeiros segundos, mas "apagam" após 5 minutos. Eles não passam na norma.

2. Resistência à Propagação de Chamas


De nada adianta uma placa de segurança que, ao entrar em contato com o fogo, derrete ou ajuda a espalhar o incêndio.

  • O Teste: O material é submetido a fontes de calor e chamas.

  • O Resultado Esperado: O material deve ser autoextinguível (a chama apaga sozinha quando a fonte de calor é retirada) e não pode gotejar material em combustão.


3. Resistência a Agentes Químicos e Lavagem


A sinalização fica exposta a limpeza constante e ambientes industriais.

  • O teste verifica se a placa suporta produtos de limpeza, óleos e gorduras sem perder a cor ou a capacidade fotoluminescente.


4. Resistência ao Intemperismo (Câmara de Salt Spray e UV)


Para placas instaladas em áreas externas ou litorâneas, a durabilidade é posta à prova.

  • Névoa Salina (Salt Spray): Simula a maresia para garantir que a placa não sofra corrosão ou oxidação rápida.

  • Raios UV: Garante que o sol não vai desbotar o vermelho (proibição/incêndio) ou o verde (rota de fuga), mantendo o contraste visual necessário.


Por que exigir o Laudo Técnico?


  • Muitos fornecedores no mercado vendem adesivos comuns como se fossem sinalização técnica. Ao adquirir seus materiais, a exigência do laudo técnico emitido por laboratório creditado (como o IPT) é a sua única garantia.

    Instalar material fora da norma traz três riscos graves:

    1. Reprovação no Bombeiros: O oficial de vistoria pode exigir o laudo e, se não houver, a obra é embargada.

    2. Responsabilidade Civil e Criminal: Em caso de sinistro, o responsável pelo imóvel responde por ter utilizado material inadequado.

    3. Ineficácia: No momento do pânico, a sinalização falha e pessoas podem não encontrar a saída.


    Conclusão: Segurança não é gasto, é investimento


    Seguir a NBR 13434 não é apenas burocracia. Os testes de fotoluminescência, resistência a chamas e intemperismo foram desenhados com base em estudos de comportamento humano em situações de pânico.

    Ao escolher sua sinalização, não olhe apenas o preço. Olhe o laudo. Garanta que o material que você está instalando tem a capacidade técnica de salvar vidas quando as luzes se apagarem.

 
 
 

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